A Anunciação
Têmpera sobre madeira, 1472-75. Têmpera sobre madeira, 98 x 217 cm.
Galleria degli Uffizi, Florença.
Ginevra de' Benci. c. 1476.
Óleo sobre madeira, 38.8 × 36.7 cm. National Gallery of Art, Washington
A Virgem de Granada.
C. 1475–1480. Óleo sobre painel, 15.7 × 12.8 cm. National Gallery of Art, Washington
Adoração dos Magos.
C. 1481-82. Óleo em painel, 246 x 243 cm, Galleria degli Uffizi, Florence.
Óleo sobre tela transferido de madeira, 50 x 32 cm. Hermitage, São Petersburgo. Rússia.
Salvator Mundi. c. 1500.
Trata-se de um óleo sobre tela cuja pintura, desde a sua redescoberta em 2005, foi atribuída a Leonardo da Vinci, embora a controvérsia sobre a sua autoria se tenha instalado. No entanto, antes da sua venda num leilão da Christie’s em Nova York, vários peritos, como Nica Rieppi, que despendeu, para o efeito, quatro anos, fazendo uso da mais recente e avançada tecnologia bem como dos mais detalhados livros de arte, autenticaram a sua autoria. Uma das mais importantes chaves que contribuíram para a autenticação pela equipa, foi a pista proveniente da própria composição da pintura. Através de uma amostra microscópica descobriram o uso de lápis lazuli - um pigmento incrivelmente raro, considerado mais caro que o ouro na Itália de então - em qualidade elevadíssima, ao longo do azul da túnica de Cristo, na pintura. Importado do Afeganistão, o material era tão caro que apenas estaria ao alcance de alguém como um mestre com a grandeza de Leonardo.
Desconhece-se a localização atual da obra, uma vez que, em novembro de 2017, foi vendida no referido leilão na Christie's em Nova York por 450,3 milhões de dólares, sem que tenha sido divulgado o nome do comprador. Foi a obra mais cara de sempre a ser leiloada.
Permanece em coleção privada.
Retrato de um Músico.
C. 1490. Óleo sobre painel, 43 x 31 cm
Pinacoteca Ambrosiana, Milão
S. Jerónimo no Deserto.
Óleo sobre papel, 1480. Pinacoteca do Vaticano
É uma pintura realizada por Leonardo da Vinci, c. de 1480, quando se encontrava em Milão.
Embora tenha ficado incompleta, revela características essenciais de Leonardo, como a importância concedida aos gestos para revelar os estados de alma das figuras pintadas. Assim, São Jerónimo, vivendo uma vida ascética no deserto da Síria, aparece à entrada de uma caverna escura, com o rosto descarnado pelo jejum, os olhos encovados, a boca como uma fenda também escura, numa pose dramática, com o braço direito estendido, segurando uma pedra. A figura e expressão impressionam pelo sofrimento que transmitem. À sua frente um leão deitado, ocupando o primeiro plano, representa a lenda segundo a qual o santo teria domado o animal ao curar-lhe uma pata ferida.
Muito danificada, esta obra, terá sido em parte utilizada como tampo de mesa antes de ser resgatada, e parcialmente restaurada.
Mede 103 centímetros por 75, e foi executada em têmpera e óleo sobre madeira.
Encontra-se atualmente na Pinacoteca do Museu Vaticano.
S. Jerónimo no Deserto (detalhe)
A Virgem e o Menino Jesus com Sant'Ana e São João Batista.
1495. National Gallery - Londres
Adoração dos Magos
1481-82. Óleo sobre madeira, 246 x 243 cm, Galleria degli Uffizi, Florença.
É uma obra de arte monocromática, que Leonardo deixou inacabada, quando se transferiu para Milão. Foi-lhe encomendada pelos monges agostinianos de San Donato a Scopetto para uma igreja de Florença, que foi completamente destruída em 1529 por ocasião do cerco à cidade. O que resta dela – o pórtico – pode ser visto na fachada da Igreja de San Jacopo Soprarno em Florença.
O minucioso trabalho de conservação e restauro a que foi submetida, durante seis anos, desvendou a existência de diversas modificações de Da Vinci e mostrou como o artista desenhou tudo a mão livre sem o uso de um desenho preparatório. Era seu desejo pintar um grandioso cenário composto por vários episódios e cenas complexas com homens, cavalos e arquiteturas. O resultado foi uma composição de grupos isolados numa mesma tela, rica de significados simbólicos, que serviram posteriormente de inspiração para outras obras suas.
Apesar de incompleta, esta obra mostra a técnica que Leonardo foi aprimorando – o jogo de luz e sombras – que confere à pintura a ilusão de profundidade e de perspetiva. Esta técnica aliada aos seus conhecimentos de anatomia proporcionam uma visão mais real e tridimensional da obra em que os elementos estão dispostos de maneira a que o olhar do observador se dirija para o ponto mais importante, o centro, onde estão a Madona e o Menino.
A diversidade de figuras, de expressões e gestos dramáticos assim como o movimento transformam a Adoração dos Magos numa pintura verdadeiramente dinâmica e cinematográfica.
Madona do Cravo.
1478-80 Óleo em painel, 62 x 47,5 cm. Alte Pinakothek, Munich
Autorretrato
C. 1510-1515, Giz vermelho sobre papel, 333 x 213 mm
Biblioteca Reale, Turim
Retratos a pastel.
Cabeça de Mulher. c. 1508
Estudo de cabeça de Mulher.
Estudo de cabeça de Mulher. c. 1508
Perfil grotesco
Cabeças grotescas
ESTUDOS PARA A "ÚLTIMA CEIA"
1494-95
Giz vermelho sobre papel, 260 x 392 mm
Gallerie dell'Accademia, Venice. Itália.
1495. Royal Librairy. Windsor.
C. 1495. Royal Librairy. Windsor.UK
Giz vermelho em papel vermelho preparado, 180 x 150 mm
Estudo da cabeça de um apóstolo e estudo arquitectónico
Estudo, 1494-1495.
Caneta e tinta sobre papel, 266 x 214 mm
Royal Library, Windsor, U.K.
Cabeça de Cristo.
Lápis, giz preto, pasta e aguarela, 562 x 434 mm, 1494-95
Musées de Strasbourg
Cabeça de Judas, c. 1495. Museu de Stasbourg
Cabeça de São Tiago, c. 1495
Museu de Strasbourg.
Cabeça de São Pedro, c. 1495
Museu de Strasbourg.
Cabeças de Judas e Pedro, c. 1495
Ackland Art Museum, Chapel Hill
Cabeças de St. Thomas e James The Greater.
Museu de Arte Ackland, Chapel Hill.
Cabeças de São Tomás e Tiago, c. 1495
Ackland Art Museum, Chapel Hill
Cabeça de St Andrew
Lápis, giz preto, pastel e aquarela, 562 x 432 mm. Musées de Strasbourg, Estrasburgo
ESTUDOS DE CABEÇAS
Cabeça de homem virado para a esquerda, 1490-94. Caneta e tinta castanha sobre carvão,
120 x 50 mm. Museu Metropolitano de Arte, Nova York
Cabeça de homem. 1503-05. Giz vermelho em papel. Gallerie dell'Accademia, Veneza
Cabeça de idoso calvo. 1485-1490. Caneta e tinta castanha. Museu Britânico, Londres
Cabeça grotesca. 1500-05. Giz preto sobre papel, 390 x 280 mm.
Galeria de imagens da Igreja de Cristo, Oxford
Cabeça de um homem idoso. 1487-90.
Caneta e tinta castanho claro, aguarela em papel de nogueira, 112 x 75 mm.
Gallerie dell'Accademia, Veneza
Cabeças de um homem velho e um jovem, 1495-1500.
Giz vermelho sobre papel,
208 x 150 mm. Galleria degli Uffizi, Florença
Cabeça grotesca. 1500-05.
Giz preto sobre papel, 390 x 280 mm.
Galeria de imagens da Igreja de Cristo, Oxford
Caricatura. 1495-1506.
Caneta e tinta castanha colada em suporte de
papel secundário, 69 x 56 mm. Coleção privada
Caricatura. 1495-1506.
Caneta e tinta castanha, colada em suporte de papel
Coleção privada.
Cinco caricaturas, pós 1490
Caneta e tinta sobre papel, 18x12cm.
Gallerie dell'Accademia, Veneza
Estudo de cinco caricaturas grotescas, c. 1494.
Caneta e tinta sobre papel, 261x206 cm.
Royal Library, Windsor. UK
Estudo de idoso. Desenho.
Istituto Nazionale per la Grafica, Rome
Idoso com grinalda de hera na cabeça, e um leão. 1503-05.
Giz vermelho com destaque branco em papel cor-de-rosa, preparado,
183 x 136 mm.
Biblioteca Real de Windsor. UK.
Isabella d'Este. 1500.
Giz preto e vermelho, giz pastel amarelo sobre papel,
63 x 46 cm. Museu do Louvre, Paris
Lorenzo di Medici, c. 1480
Caneta e tinta sobre papel.
73 x 49 mm. Royal Library, Windsor. UK
Perfil de um homem e estudo de dois cavaleiros, 1490 e c. 1504.
Caneta, tinta, giz vermelho sobre papel, 279 x 223 mm.
Gallerie dell'Accademia, Veneza
Perfil de um idoso.
Caneta e tinta em papel.
Galleria degli Uffizi, Florença
Perfil, de um guerreiro com capacete, c. 1472.
285 x 207 mm.
Museu Britânico, Londres
Cabeça de homem em perfil com proporções, c. 1490
Caneta e tinta sobre papel, 280x 222 mm.
Gallerie dell'Accademia, Venice
ESTUDOS ANATÓMICOS
Os estudos anatómicos
extraordinariamente avançados, que Leonardo da Vinci realizou, foram desenvolvidos
ao longo de trinta anos, período durante o qual levou a cabo cerca de três dezenas de autópsias.
Membro da agremiação de S. Lucas, associada à confraria dos médicos e
farmacêuticos, sedeada no hospital de Santa Maria Nuova em Florença, Leonardo podia, assim, aceder
aos cadáveres de doentes aí falecidos, para empreender a investigação
científica e as suas primeiras observações no campo da anatomia humana. Foi entre 1507 e 1508 que fez uma
descoberta notável para a época: tendo tido a oportunidade de observar e
comparar dois cadáveres de um centenário e de uma criança de dois anos concluiu
que a parede vascular acabava por ficar mais espessa com a idade e que a
redução da perfusão sanguínea seria responsável pela sensação de frio e
alterações vasculares periféricas mais frequentes nos idosos.
Os estudos anatómicos e respetivas notas que
Mestre Da Vinci realizou eram tão minuciosos e avançados que, se tivessem sido
publicados no seu tempo, teriam revolucionado os conhecimentos e a compreensão
do corpo humano na medicina europeia. De tal forma eram aprimorados os
seus desenhos e estudos das estruturas do esqueleto humano, da musculatura, do
sistema cardiovascular, principais órgãos e até de fetos no útero, que não
pareceriam muito deslocados em compêndios de medicina modernos. A técnica que
utilizou na realização de grande parte dos seus desenhos anatómicos apenas se
tornou possível graças à sua extraordinária memória e genialidade, uma vez que
desenhava as estruturas sobrepostas do interior para o exterior, de forma
oposta à dissecação que executava primeiro, experimentalmente, para depois proceder , de memória, aos
respetivos desenhos no seu estúdio.
Colaborou com o médico anatomista Marcantonio della Torre, de Pavia, com vista
à realização conjunta de um tratado de anatomia, tendo para tal elaborado 228
desenhos, mas devido à morte repentina do médico a obra nunca foi publicada.
Os estudos em 1515, através da dissecação de cadáveres
acabaram por ser interrompidos definitivamente por ordem do Papa Leão X que o
acusou de práticas sacrílegas e lhe
proibiu a entrada no Hospital do Espírito Santo de Roma.
Não podemos deixar de nos
maravilhar com o espírito científico de
Leonardo que fazia refletir de forma holística nos estudos de anatomia os seus
vastos conhecimentos nas mais diversas áreas, como a matemática e até a
engenharia, procurando obter uma visão sempre abrangente do todo sem prejuízo
do particular e, constantemente, estabelecendo relações entre os seus
vastos conhecimentos, que o faziam
avançar determinantemente no campo do saber.
Apesar do seu brilhantismo, os
desenhos, estudos e notas de Leonardo da Vinci, no âmbito da anatomia, ficaram quase
ignorados até cerca do ano de 1900. Herdados pelo seu discípulo Francesco
Melzi, que os terá guardado até 1570, desconhece-se o seu percurso, apenas se
sabendo que terão estado à guarda da Biblioteca Real de Windsor, em Inglaterra,
em finais do séc. XVII e que alguns terão sido publicados em finais do séc.
XIX. Já no séc. XX houve um grande trabalho de organização e tradução dos
textos, de que resultou a edição de um livro da obra anatómica deste grande
mestre renascentista.
Homem Vitruviano
É um desenho, mundialmente divulgado ainda hoje, realizado por Leonardo Da Vinci, em 1490, a lápis e tinta sobre papel, Homem Vitruviano. com as dimensões de 34 x 24 cm.
Para este desenho, Da Vinci inspirou-se num trabalho do arquiteto romano Marcus Vitruvius Pollio e no estudo matemático por ele descrito num tratado de arquitetura do séc. I a.C., sobre as proporções ideais do corpo humano. O Homem Vitruviano exprime a “divina proporção”, a proporção áurea, que rege o equilíbrio dos corpos, a harmonia das formas e dos movimentos e pode ser aplicada a todo o universo.
Referência estética de simetria e proporção em todo o mundo, ‘O Homem Vitruviano’ de Leonardo Da Vinci, é um desenho encontrado nos seus diários, que se tornou um autêntico ícone cultural. Obedece a proporções específicas em que, por exemplo, (para referir apenas algumas) a distância do queixo ao topo da testa corresponde a 1/10 da altura do corpo, a largura dos braços abertos é igual à altura do corpo, a largura do peito é igual a 1/4 da altura do corpo, a distância entre o meio do peito e o topo da cabeça é igual a 1/4 da altura do corpo, o pé corresponde a 1/6 da altura do corpo e a distância da base do nariz às sobrancelhas é igual a 1/3 da face.
Do ponto de vista filosófico, esta obra está repleta de significados simbólicos.
A figura humana surge plenamente integrada em figuras geométricas como o círculo, que simboliza a totalidade original, a perfeição, a harmonia, o céu no sentido de origem e Inteligência cósmicas. Por seu turno o círculo aparece inserido num quadrado, que representa a estabilidade, a manifestação da divindade na matéria.
A posição do homem no círculo, ao parecer fora do chão, confere-lhe movimento, dinamismo, enquanto que a sua forma em cruz dentro do quadrado lhe concede estabilidade. O umbigo, como ponto central do homem, está posicionado precisa e matematicamente no centro do círculo.
O Homem ― microcosmo ― e o universo ― macrocosmo – estão harmoniosamente integrados neste famoso desenho, que se encontra na Gallerie dell`Accademia, Veneza, Itália.
Estudo das proporções da cabeça e dos olhos.
Caneta e tinta, 197 x 160 mm
Biblioteca Reale, Turin. Itália.
Desenho do torso e dos braços.
Biblioteca Ambrosiana de Milão.
Desenho do coração e vasos sanguínios
Biblioteca Ambrosiana, Milan
Desenho dos órgãos internos de uma mulher, 1508-1509.
Estudo anatómico. da mão.1505
Estudos anatómicos do crânio. 1489
Royal Librairy, Windsor.
1504-1506
Biblioteca Reale , Turin
Estudos anatómicos do ombro.
1510-1511
Royal Library, Windsor
Estudos de Embriões. 1509-14
Estudos de Leonardo da Vinci sobre óptica e a fisiologia do olho humano.
De certa forma pode ser considerado o precursor, das lentes de contacto, uma vez que criou um dispositivo fabricado com vidro, contendo água, para ser colocado sobre a superfície da córnea, provocando um fenómeno refractivo.
Estudos das pernas de um homem e da perna de um cavalo.
1506-07
Biblioteca Reale, Turin
Estudos do feto humano no útero elaborados por volta de 1510-1512
Estudos anatómicos, 1505
Galleria dell' Accademia, Veneza, Itália.
DESENHOS E ESTUDOS DE ENGENHARIA
Leonardo esteve desde muito cedo
na vida associado a projetos de engenharia. Quando, em 1482 ofereceu os seus
préstimos por carta a Lodovico Sforza, apresentou-se como designer, inventor
de máquinas de guerra - de pontes móveis, aríetes, escadas, minas, dispositivos
explosivos, canhões, armas navais, túneis, veículos blindados, catapultas,
projéteis, entre outras coisas - bem como arquiteto de edifícios públicos e
privados e condutas de água. No fim da vida, em França, a convite do rei, teve
oportunidade de desenvolver projetos arquitetónicos e hidrológicos para vários
rios franceses.
Fez um estudo sistemático dos
movimentos dos pássaros e investigou a anatomia das asas. Estudou as formas gerais
do movimento na natureza, bem como o ar e a água. Construiu canais, pontes, comportas
e represas. Comparativamente observou e estudou o ar e os ventos.
As capacidades de Leonardo da
Vinci como engenheiro continuam a impressionar
de tal forma, que o seu método de desenvolver máquinas ainda hoje pode
ser considerado exemplar.
Besta de disparo potencializado
Desenho, 1480-82
Biblioteca Ambrosiana, Milan. Itália.
Besta gigante sobre rodas
Desenho, 1480-82
Biblioteca Ambrosiana, Milan
Carro de assalto com foices, c. 1485
Caneta e tinta sobre papel, 210 x 292 mm
Biblioteca Reale, Turin
Máquina multi-canos
Desenho, 1480-82
Biblioteca Ambrosiana, Milan
Máquina de fabricar limas.
Lima é uma ferramenta manual ou mecânica que consiste numa dura haste de aço com ranhuras, usada para desbastar outras peças, quer sejam de metais mais moles, como o alumínio ou o latão, ou de outros materiais como a madeira. Da Vinci conseguiu fazer um desenho e construiu uma maquina para fabricar limas, autêntica revolução para a época.
Maquina Escavadora
Morteiros com Projéteis Explosivos
Paraquedas
Ponte giratória
Automóvel, 1478-80
Caneta e escova sobre papel, 27 x 20 cm
Biblioteca Ambrosiana, Milan, Itália.
Automóvel, 1478-80
27 x 20 cm
Biblioteca Ambrosiana, Milão, Itália.
Carro de assalto, concebido para o Duque de Milão
Canhão de fundição, 1487
Caneta e tinta sobre papel.
Royal Library, Windsor. U.K.
Estudo de água, c. 1513
Caneta e tinta sobre papel, 154 x 216 mm
Royal Library, Windsor. U.K.
Desenhos de dispositivos de elevação de água, 1480-82
Biblioteca Ambrosiana, Milan. Itália
Ponte do canal, c. 1495
Caneta e tinta sobre papel, 27 x 20 cm
Biblioteca Ambrosiana, Milan. Itália
Máquina voadora, c. 1487
Caneta e tinta sobre papel, 235 x 176 mm
Institut de France, Paris, França.
Desenho de uma Máquina Voadora, c. 1485
Caneta e tinta sobre papel, 23 x 16 cm
Bibliothèque de l'Institut de France, Paris
Esquis para andar na água (detalhe), c. 1480
Caneta e tinta sobre papel.
Biblioteca Ambrosiana, Milão, Itália.
Dispositivo de Primavera, 1505
Manuscrito, Museu do Prado, Madrid
Esboço da bicicleta, 1492
(Folha133v, Codex Atlanticus.)
Reconstrução da bicicleta de Leonardo, que se encontra no
Museo Leonardo Da Vinci na localidade de Vinci, Italia.
As primeiras bombas de fragmentação
Carrinho a auto-propulsão
Carro armado
Carro Semovente
Museo Nazionale della Scienza e della Tecnologia 'Leonardo da Vinci', Milano.
Reconstrução do carro semovente de Da Vinci,
antecedente do automóvel.
Couraçado
ESTUDOS DE
ARQUITETURA
Em arquitetura, nenhum trabalho, suscetível de ser indiscutivelmente atribuído a Leonardo, sobreviveu, mas a sua
experiência e ideias nesta área, registadas em desenhos, também foram
importantes.
Esboços de edifícios planeados centralmente, c. 1498
Caneta e tinta em papel
Institut de France, Paris
Estudo da nave central de uma igreja, c. 1488
Caneta, tinta e giz preto sobre papel, 24 x 19 cm
Bibliothèque de l'Institut de France, Paris
Estudos de plano central de edifícios, c. 1498
Caneta e tinta no papel, 23 x 16 cm
Institut de France, Paris
ESTUDOS DA NATUREZA
Até Leonardo, a representação da natureza tinha um caráter
acessório e era recriada no interior do estúdio, com recurso à imitação de
esboços ou elementos copiados de modelos. Mestre Da Vinci introduziu uma importante
inovação ao traduzir a paisagem real, decorrente da observação direta nas suas
pinturas. Por outro lado, o seu espírito científico levou-o a aprofundar os
conhecimentos de botânica, estudando a influência da luz, da terra e da água
nos processos de génese e crescimento das plantas.
Desenho de paisagem de Santa Maria della Neve
em 5 de Agosto de 1473
Caneta e tinta, 190 x 285 mm
Galleria degli Uffizi, Florence. Itália
Caverna com Patos, 1482-85
Caneta e tinta sobre papel, 220 x 158 mm
Royal Library, Windsor. U.K.
Tempestade sobre uma paisagem, c. 1500
Giz vermelho sobre papel, 200 x 150 mm
Royal Library, Windsor. U.K.
Paisagem perto de Pisa, 1502-03
Giz vermelho sobre papel, 211 x 150 mm
Biblioteca Nacional, Madrid. Espanha
Desastre natural, 1517-18
Giz preto, caneta e tinta sobre papel, 162 x 203 mm
Royal Library, Windsor, U.K.
Lírio (detalhe), 1480-85
Caneta e tinta, giz preto sobre papel, 314 x 177 mm
Royal Library, Windsor, U.K.
Fruta, vegetais e outros estudos, 1487-89
Caneta e tinta sobrer papel, 235 x 176 mm
Institut de France, Paris. França
Estrela de Belém e outras plantas, 1505-07
Caneta, tinta e giz vermelho sobre papel, 198 x 160 mm
Royal Library, Windsor. U.K.
Bosque de bétulas, c. 1500
giz vermelho sobre papel, 193 x 153 mm
Royal Library, Windsor. U.K.
Estudo de cavalos, c. 1490
250 x 187 mm
Royal Library, Windsor. U.K.
Estudo de cavalos, 1504-06
Giz vermelho sobre papel
Royal Library, Windsor. U.K.
Folha de estudo com cavalos 1513-15
Caneta, tinta, giz preto sobre papel, 298 x 212 mm
Royal Library, Windsor. U.K.
Codex sobre o voo das aves
Caneta e tinta sobre papel, 210 x 150 mm
Biblioteca Reale, Turin. Itália
Folha de estudo com gatos, dragões e outros animais, 1513-15
Caneta, tinta e giz preto sobre papel, 271 x 204 mm
Royal Library, Windsor. U. K.
Estudos de um urso a andar. 1483-85
103 x 134 mm
Metropolitan Museum of Art, New York. USA
Estudos de caranguejos.
Desenho
Wallraf-Richartz-Museum, Cologne. Alemanha
Estudo de flores
183 x 201 mm
Gallerie dell'Accademia, Venice. Itália.
Esculturas e estudos para esculturas
O patrono das artes Ludovico Sforza (1452-1508), conhecido
como "Il Moro", tinha tomado o poder em Milão, em 1480, após o assassinato de seu irmão mais
velho Galeazzo Maria Sforza ― herdeiro legítimo do fundador da dinastia
governante. Seguindo o exemplo do irmão, Ludovico queria justificar o seu
governo, doando um monumento equestre em homenagem ao pai Francesco Sforza.
Leonardo provavelmente foi contratado para realizar o
monumento em 1485 e trabalhou nele até 1499, quando a invasão francesa de Milão
significou o fim definitivo do empreendimento. O seu primeiro projeto para o
monumento, datado de meados de 1480, mostra um cavalo empinado com um cavaleiro
dinâmico, sob cujos cascos dianteiros se encontra um soldado conquistado. Este
motivo não foi meramente uma referência à tomada do poder em Milão, mas
principalmente uma previsão do nome de Sforza, que se traduz aproximadamente
como "força". Porém, enormes problemas técnicos atrasaram a conclusão
do projeto e o modelo em tamanho real do cavalo em argila apenas foi revelado
em novembro de 1493 no pátio da fortaleza de Milão. Mas o monumento estava
destinado à inexistência e, em 1499, as forças de ocupação francesas
destruíram-no.
Estudo para o monumento Sforza, 1488-89
Royal Library, Windsor, U.K.
Duplo manuscrito sobre o monumento Sforza, c. 1493
Giz vermelho sobre papel, 21 x 30 cm
Biblioteca Nacional, Madrid, Espanha.
Página do manuscrito sobre o monumento Sforza, c. 1493
Caneta e tinta sobre papel, 21 x 15 cm
Biblioteca Nacional, Madrid, Espanha
Estátua equestre, 1516-19.
Bronze, 24,3 cm
Szépmûvészeti Múzeum, Budapest, Hungria
Estátua equestre, 1516-19.
Bronze, 24,3 cm
Szépmûvészeti Múzeum, Budapest, Hungria
Estátua equestre, 1516-19.
Bronze, 24,3 cm
Szépmûvészeti Múzeum, Budapest, Hungria
Monumento equestre, 1517-18
Giz preto sobre papel, 278 x 184 mm
Biblioteca Real de Windsor. U.K.
Estudo para o Monumento Equestre a Trivulzio, 1508-10
Caneta e tinta sobre papel, 280 x 198 mm
Biblioteca Real de Windsor. U.K
Estudo para o Monumento Equestre a Trivulzio, 1508-10
Caneta, tinta e giz vermelho sobre papel, 217 x 169 mm
Biblioteca Real de Windsor. U.K.
A caça ao arminho, c. 1494
Caneta e tinta castanha sobre traços de giz preto em papel, diâmetro 91 mm
Museu Fitzwilliam, Cambridge. U.K.
Busto de Flora, c. 1510
Cera, altura 67,5 cm
Museus Históricos, Berlin. Alemanha
Estátua Equestre (detalhe)
Bronze, 1516-19
Szépmûvészeti Múzeum, Budapest
A Batalha de Anghiari
Quando foi constituída a República de Florença, em 1494, foi decidido criar-se uma sala de reunião para o seu mais importante
comité político, o "Alto Conselho". A maioria dos trabalhos de construção na Sala del
Gran Consiglio no Palazzo Vecchio florentino foi concluída pouco antes de 1500.
O programa pictórico deveria incluir duas grandes pinturas murais destinadas a
expressar a autoconfiança da nova república. Foi planeado que duas importantes
vitórias da história florentina daquele tempo fossem retratadas: a Batalha de
Anghiari e a Batalha de Cascina. A escolha do artista teve que acompanhar a
importância da encomenda, e a decisão foi tomada a favor de dois dos artistas
florentinos mais conceituados da época, Leonardo da Vinci e o jovem
Michelangelo.
Nenhum dos dois completou os seus trabalhos e só sabemos dos respetivos projetos indiretamente por serem mencionados em documentos, ou na forma de
cópias ou esboços que foram associados ao projeto.
A Batalha Anghiari (cópia de um detalhe)
Desenho, 1503--05
Galleria degli Uffizi, Florence. Itália.
A Batalha Anghiari (detalhe).
Óleo sobre tela. 1503-05.
Galleria degli Uffizi, Florence. Itália
Batalha Anghiari (Tavola Doria), 1503-05
Óleo sobre painel, 85 x 115 cm
Colecção anteriormente privada, Munique (perdida)
Batalha de Anghiari (detalhe) 1503-1505
Giz preto, caneta e tinta, aguarela sobre papel, 452 x 637 mm
Museu do Louvre, Paris, França
Cabeça de um Guerreiro (‘O Cabeça Vermelha’), 1504-05
Giz vermelho em papel acastanhado, 226 x 186 mm
Szépmûvészeti Múzeum, Budapest. Hungria
Cavalo de criação, 1503-04
Giz vermelho e lápis, 153 x 142 mm
Biblioteca Real de Windsor. U.K.
Estudo de batalhas a cavalo e a pé. 1503-04
Caneta e tinta sobre papel, 160 x 152 mm
Gallerie dell'Accademia, Venice. Itália
Estudo de batalhas a cavalo 1503-04
Caneta e tinta sobre papel
Galleria degli Uffizi, Florence. Itália.
Estudo de cavalos para a batalha de Anghiari, 1503-04
Traços de giz preto e vermelho, caneta e tinta, sobre papel, 196 x 308 mm
Royal Library, Windsor. U.K.
Grupo de cavaleiros na Batalha de Anghiari, 1503--04
Giz preto, destaques a branco, 160 x 197 mm
Royal Library, Windsor, U.K.
VÁRIOS ESTUDOS
Estudo de vestuário para uma figura sentada.
1470-84. 266 x 233 mm
Museu do Louvre, Paris, França
Drapeado para uma figura sentada
181 x 234 mm
Museu do Louvre, Paris, França
Drapeado para uma
figura sentada
319 x 218 mm
Museu do Louvre, Paris, França
Estudo de uma criança com um gato (fac-símile), c. 1478
Caneta e tinta sobre papel, 206 x 143 mm
Galleria degli Uffizi, Florença, Itália
Estudo de Madona a amamentar e cabeças de perfil, c. 1480
Caneta e tinta sobre papel, 405 x 290 mm
Biblioteca Real de Windsor, UK
Alegoria do lobo e da águia, c. 1516
Giz vermelho sobre papel, 170 x 280 mm
Biblioteca Real de Windsor, UK
Cavaleiro a galope e outras figuras, 1503-04
Giz vermelho sobre papel, 168 x 240 mm
Biblioteca Real de Windsor, UK
Enforcamento de Bernardo di Bandino Baroncelli, 1479
Caneta e tinta sobre papel, 192 x 78 mm
Musée Bonnat, Bayonne, França
Estudo de mãos, c. 1474
214 x 150 mm
Biblioteca Real de Windsor, UK
Estudo de um cavaleiro, c. 1504
Giz sobre papel
Gallerie dell'Accademia, Veneza, Itália
Estudo, 1478-80
Caneta e tinta sobre papel
Museu Britânico, Londres, UK
Vários estudos de figuras
Caneta e tinta sobre papel, 278 x 208 mm
Museu do Louvre, Paris, França
Velho sentado
Caneta e tinta sobre papel
Biblioteca Real de Windsor, UK
MAPAS
Planta da cidade de Imola, c. 1502
Lápis, giz, caneta sobre papel, 440 x 602 mm
Museu Vinciano, Vinci, Itália
Mapa da Toscana e o Vale do Chiana, c.1502
Giz preto, caneta, tinta e aguarela sobre papel, 338 x 488 mm
Biblioteca Real de Windsor, U.K.
Vista aérea da costa marítima, c. 1515
Caneta, tinta e aguarela sobre papel, 272 x 400 mm
Biblioteca Real de Windsor, UK.
Maria Teresa Sampaio
Fontes:
História da Arte, vol. 5, Leonardo da Vinci, por Marco Rosci, 1975, Publicações Europa-América, Lda.
Vasari, Giorgio. Le Vite di più eccellenti pittori, scultori e architettori, nelle redazione del 1550 e 1568. ed. Rosanna Bettarini e Paola Barocchi) Florença: Studio per Edizione Scelte, 1966 – 1987.
Encyclopédie des Arts- Illustré, préface de Raymond Cogniat, Éditions du Livre d’Or, Flamarion, 1964.
Web Gallery of Art, created by Emil Krén and Daniel Marx.