Da memória
dos abismos do ódio
da violência
inominável
das mãos que torturaram
seres humanos
em nome de uma
alegada raça superior
dos campos de
extermínio
das câmaras de gás
que nem tu nem eu
vimos
mas que outros como
nós
sentiram com horror e
pasmo
com gritos como
escarpas de dor
sem terem tempo
para perceber os
labirintos da radicalidade do mal
nem sonhar a
esperança de sobreviver
porque a vida lhes
foi meticulosamente ceifada
das cinzas das
crianças das mulheres e dos homens
atirados para os
fornos crematórios
ou dos seus corpos a
apodrecer em valas comuns
Da memória
dos que sobreviveram
e dos que lutaram por
nós que não vimos
mas sabemos a
enormidade dos crimes
nasceram sementes de
resistência
Que elas germinem em
constante primavera
que tenham a força da
razão e da humanidade vigilante
que não deixem apagar
a memória dos crimes
do nazismo e dos que
com ele pactuaram
ativamente ou pelo
silêncio e pela negação
Que a Paz e a
tolerância entre os povos
seja a bandeira que
nos una
Sempre.
…
Maria Teresa Sampaio
Gueto de Varsóvia
À entrada do campo de concentração a mensagem : O trabalho liberta.
Memorial do Holocausto Yad Vashem
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