Há tantos séculos.
Por que é que uma mãe e um filho pobres não têm o mesmo direito à vida, aos cuidados de saúde, à educação e à prosperidade que uma mãe e um filho ricos?
Ou melhor, por que é que tantos são tão pobres para apenas aluns poucos serem tão ricos?
Por que é que tantas revoluções se fizeram, tantas teorias se apregoaram, tantas religiões pregaram o bem e, no entanto, o mundo continua palco de guerras, de injustiças, de fome, de miséria e de demagogos em abundância?
O homem é um ser assim tão fraco e impotente?
O mal é assim tão banal e o bem tão casuístico?
Que carga insuportável é esta que carregamos há tanto tempo?
Tempo demais.
Que salvação temos?
O que é que nos redime de deixarmos o mundo pior do que o encontrámos?
Que miserável condição é esta de tão pouco saber e de nada conseguir melhorar?
Fotografia de Pedro Luis Raota
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