"Ele ainda era demasiado jovem para saber que a
memória do coração elimina as coisas más e amplia as coisas boas, e que graças
a esse artifício conseguimos suportar o peso do passado." In 'O Amor nos
Tempos de Cólera'
Imaginava-o eterno.
Nunca pensei que um dia seria o último.
Receava ouvir notícias más sobre ele e, quando elas se
me impunham, rapidamente as esquecia.
Foi e continua a ser parte integrante da minha vida.
Relia os seus livros e sentia-me feliz por me tornar
uma personagem desse realismo mágico, que me envolvia num encantamento onde até
a minha vida assumia novos contornos, cores mais vibrantes e um acréscimo de
emoções que turbilhonavam os meus dias. Ele era o único escritor que conseguia essa magia.
Pode parecer excessivo dizer que, para mim, não partiu
para sempre. Mas é a pura verdade.
Foi apenas mais uma viagem que fez.
Gabriel García Márquez não tem fim.
mts
1 comentário:
Não tem fim mesmo. Quando o comecei a ler foi como uma "Crónica de uma Admiração Anunciada". Gosto de muitos dos seus livros, mas talvez sejam os: "O Outono do Patriarca" e os "Cem Anos de Solidão" que mais me completaram...neste último, há uma frase que nunca mais esqueci:
"nunca mais me apaixonarei, é como ter duas almas ao mesmo tempo"!
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