Diego Frazão Torquatoé um rapazinho brasileiro, de 12 anos, que chora, emocionado, enquanto toca violino no funeral do seu mestre.
Desconhece-se o autor da fotografia, mas é fácil apercebermo-nos da sua maestria ao captar a verdadeira essência da dor e da alma do menino, por entre as lágrimas que não consegue conter, em contraste com o rosto inexpressivo, ou mais contido, do seu companheiro.
Não me é difícil imaginar que o mestre o tirou do perigo dos gangues e da droga, das favelas brasileiras, através da magia da música.
Mas também não sei se isso é verdade. Apenas intuo.
E, contudo, aquela imagem de sofrimento é tão aguda, que nos agride nas nossas zonas de conforto. É de uma intensidade tal, que se consegue perceber o sentimento de amor, de gratidão e do mais absoluto desamparo.
O rosto desta criança personifica para mim uma beleza, que convive socraticamente com o amor e o Bem, e que personifica o despojamento completo do Ser, num sublime toque de violino.
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