O terrível bombardeamento de Dresden, uma cidade alemã com séculos
de extraordinária cultura e esplendor artístico, pelos Aliados durante três
dias seguidos, de 13 a15 de Fevereiro de 1945, quando a guerra estava praticamente
ganha (em Abril as tropas soviéticas entrariam vitoriosamente em Berlim) foi
muito discutido no pós-guerra, do ponto de vista ético. Obviamente que nada se
compara ao holocausto nazi, que fique bem claro.
Já com a cidade em
chamas depois do ataque da Royal Air Force britânica sucessivamente a 13 e 14 de Fevereiro, uma
segunda vaga de 200 bombardeiros Americanos bombardearam novamente Dresden, a
15 de Fevereiro.
Os relatórios confirmaram a grande devastação material e o
número de mortos, maioritariamente civis, nunca chegou a ser apurado. Segundo o
historiador britânico Martin Gilbert, “Ao todo foram descobertos na cidade
39.773 mortos «oficialmente identificados» Pelo menos, mais vinte mil mortos
ficaram enterrados entre as ruínas ou foram queimados de modo a não ser
possível identifica-los sequer como cadáveres individuais. No cemitério principal
da cidade – prossegue Gilbert – uma inscrição no túmulo coletivo pergunta:
«Quantos morreram? Quem sabe o seu número?»…”
“De muitas milhas em redor, o clarão do incêndio de Dresden
foi visível no céu noturno, constituindo um espetáculo sem precedentes no
coração da Alemanha” afirma Martin Guilbert (In “A Segunda Guerra Mundial”. D.
Quixote).
A
guerra é um horrível flagelo. Nada justifica os crimes inomináveis que são
cometidos contra a humanidade, seja de que lado for.
The Angel of Dresden
German civilians at Dresden being burned in pyre after the February 14-15 bombing raid
Dresden bombing
Sem comentários:
Enviar um comentário