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domingo, 20 de outubro de 2013

O Anjo de Dresden

O terrível bombardeamento de Dresden, uma cidade alemã com séculos de extraordinária cultura e esplendor artístico, pelos Aliados durante três dias seguidos, de 13 a15 de Fevereiro de 1945, quando a guerra estava praticamente ganha (em Abril as tropas soviéticas entrariam vitoriosamente em Berlim) foi muito discutido no pós-guerra, do ponto de vista ético. Obviamente que nada se compara ao holocausto nazi, que fique bem claro.

Já com a cidade em chamas depois do ataque da Royal Air Force britânica sucessivamente a 13 e 14 de Fevereiro, uma segunda vaga de 200 bombardeiros Americanos bombardearam novamente Dresden, a 15 de Fevereiro.

Os relatórios confirmaram a grande devastação material e o número de mortos, maioritariamente civis, nunca chegou a ser apurado. Segundo o historiador britânico Martin Gilbert, “Ao todo foram descobertos na cidade 39.773 mortos «oficialmente identificados» Pelo menos, mais vinte mil mortos ficaram enterrados entre as ruínas ou foram queimados de modo a não ser possível identifica-los sequer como cadáveres individuais. No cemitério principal da cidade – prossegue Gilbert – uma inscrição no túmulo coletivo pergunta: «Quantos morreram? Quem sabe o seu número?»…”

“De muitas milhas em redor, o clarão do incêndio de Dresden foi visível no céu noturno, constituindo um espetáculo sem precedentes no coração da Alemanha” afirma Martin Guilbert (In “A Segunda Guerra Mundial”. D. Quixote).  

A guerra é um horrível flagelo. Nada justifica os crimes inomináveis que são cometidos contra a humanidade, seja de que lado for.



The Angel of Dresden

German civilians at Dresden being burned in pyre after the February 14-15 bombing raid
Dresden bombing

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