A minha neta entrou para o 1.º ano da escola básica. Pública.
Tem apenas 6 anos e o seu mundo tem sido feito de amor e de alegria.
Até aqui.
Agora, é raro o dia em que não venha para casa magoada porque os mais velhos lhe bateram, a ela e às amiguinhas, no recreio.
É traumatizante para qualquer criança ansiar pela escola e pelas brincadeiras e acabar por vir para casa ferida e revoltada.
Isto passa-se numa escola perto do Saldanha e não num bairro problemático e, não obstante, a situação é bem problemática.
O Governo vai gastar milhões de euros nos despedimentos na Educação. Repare-se que não investe no progresso educativo. Não, que ideia. Pois se os encarregados de educação até podem escolher entre ensino público e privado, como afirmam perversamente.
Situações como as que refiro acontecem porque não existem auxiliares em número suficiente para tomar conta das crianças. E cada vez haverá menos.
Obviamente que tudo isto acontece porque a educação que os pais dão aos filhos é deficitária, não lhes prestam toda a atenção de que eles carecem e deixam-nos a aprender violência em série na televisão. Isto, se nos seus próprios lares a violência não estiver já institucionalizada.
Mas, depois, também existem professores que não se importam. Para quê? Ganham tão pouco e ainda vão ser despedidos…
Que podemos nós esperar de um país em que as crianças começam a aprender cedo as dores da violência e das diferenças sociais?!
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