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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Princípio e fim


Esta candura das crianças,
o seu espontâneo amor, sem cobranças, 
o sol que se reflete no seu sorriso
ou as lágrimas que nada mascaram,
porque ainda não perderam
o cunho da verdade,
existem ainda, bem no fundo
de cada um de nós.
São centelhas de um paraíso perdido
ao qual se retorna,
depois de se passar por esta prova
que é a vida.

Só depois de se palmilhar um caminho pedregoso;
só com uma fé que se reforce
em cada instante, por maiores
que sejam as agruras desta passagem;
só quando a esperança nos falte
e o final não seja visível nem imaginado,
e, mesmo assim acreditarmos,
é que chegaremos ao estado inicial de pureza.

Deus está no fim, como no início.
Que essa certeza  nos baste.



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