Ontem, deitei-me indignada com a notícia de que a Alemanha quer que a Grécia pague a dívida com património. Não sei se pretendem o Templo de Delfos ou a Acrópole, ou outro monumento...
Qualquer dia exigem o mesmo de Portugal e o Governo oferece-lhes a Torre de Belém, a Sé, os Jerónimos e, quem sabe o Castelo de S. Jorge.
Hoje, fiquei a saber que o FMI quer para Portugal a redução do ordenado mínimo; a redução dos salários dos jovens; a eliminação de cláusulas de protecção do posto de trabalho dos trabalhadores que pertencem aos quadros das empresas, em detrimento de outros; ou a introdução de um contrato único para novos contratados.
É sabido que o ordenado mínimo nacional é dos mais baixos da Europa.
É sabido que, quer em Portugal quer na Grécia, existem já muitos milhares de pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza.
É sabido que que o Governo português considera o desemprego uma oportunidade e que incentivou os jovens a emigrarem. As boas oportunidades estão no estrangeiro, pois claro. Não se faz mais do que partir na senda de Pedro Álvares Cabral ou Vasco da Gama...
É sabido que até os membros da chamada classe média já recorrem, envergonhadamente, ao Banco Alimentar contra a Fome.
Que fiquem cá os reformados e os velhos. Com as medidas que estão a ser tomadas em todas as áreas e, particularmente, com a restrição de medicamentos nos hospitais, não demorarão muito tempo a morrer e a aliviar o Estado dos seus encargos.
Mandam-se embora os novos e liquidam-se lentamente os velhos.
Este país será, em breve, uma coutada para os ricos.
E ninguém se revolta. Baixam os braços ou, se ainda têm forças, vão-se embora.
Que fazer a este grito que já não me cabe no peito?
Que fazer com esta indignação que me rouba o sol dos dias?
Tenho tanta dor, tanta mágoa, tanta insurreição amordaçada que já não cabem nos rios e afluentes do meu país.
Haja Coragem, senhores!
Haja Dignidade!
É sabido que, quer em Portugal quer na Grécia, existem já muitos milhares de pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza.
É sabido que que o Governo português considera o desemprego uma oportunidade e que incentivou os jovens a emigrarem. As boas oportunidades estão no estrangeiro, pois claro. Não se faz mais do que partir na senda de Pedro Álvares Cabral ou Vasco da Gama...
É sabido que até os membros da chamada classe média já recorrem, envergonhadamente, ao Banco Alimentar contra a Fome.
Que fiquem cá os reformados e os velhos. Com as medidas que estão a ser tomadas em todas as áreas e, particularmente, com a restrição de medicamentos nos hospitais, não demorarão muito tempo a morrer e a aliviar o Estado dos seus encargos.
Mandam-se embora os novos e liquidam-se lentamente os velhos.
Este país será, em breve, uma coutada para os ricos.
E ninguém se revolta. Baixam os braços ou, se ainda têm forças, vão-se embora.
Que fazer a este grito que já não me cabe no peito?
Que fazer com esta indignação que me rouba o sol dos dias?
Tenho tanta dor, tanta mágoa, tanta insurreição amordaçada que já não cabem nos rios e afluentes do meu país.
Haja Coragem, senhores!
Haja Dignidade!
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