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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Que dirias tu, Che?

                                 "Prefiro morrer de pé que viver sempre ajoelhado."- Che Guevara

Que dirias tu, Che, do que se passa no mundo?
Falo do Iraque, do Irão, da Síria, da Nigéria, do Sudão, do Egito, das Américas, do Japão, e finalmente da Europa, com particular destaque para a Alemanha e a Ucrânia, mas também para a França, a Grécia, Portugal e Espanha.
Que dirias tu, Che, dos imigrantes africanos,cuja maioria morre à beira das praias de Itália e de Espanha, e de como são recebidos?
Que dirias tu, Che, do surto crescente do neonazismo na Europa?
Que dirias tu, Che, da Rússia e da China, da Índia e do Paquistão?
E do Grupo de Blindberg? Aposto que serias capaz de o desmascarar.
Que pensarias tu, Che, da famosa crise e da não menos célebre e devastadora austeridade?
Não podias estar em todos os lugares, de arma na mão e o discurso inflamado, que incendiava quem te seguia, eu sei, mas o que farias?
Gostava tanto de te ouvir agora, Che.
Quando te assassinaram, mataram igualmente o sentido humanista e profundamente idealista da defesa dos humilhados, que nada têm a perder, contra os poderes instalados e os grandes grupos económicos que governam e manipulam o mundo a seu belo prazer.

Face a tanta miséria, guerra e injustiça, inevitavelmente, lembro-me de ti, Che, da tua imensa coragem e da ternura do teu olhar.

"Hay que endurecer, pero si perder la ternura jamás". Che Guevara


mts


Fotografia de Alberto Korda

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