Publicação em destaque

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

ESQUECIMENTO


Nestes dias de esperança recôndita
caminho sonâmbula com humor alegre
e, apesar de tudo, com a alma esbraseada.
Esqueci o teu nome
à força de soletrar esquecimento.
Busquei nas cinzas que deixaste
uma brasa ardente a que peguei
o fogo de um novo incêndio.
Aprenderei outro amor
a que darei nome de nuvem.
Digo-te adeus sem azedume
e parto sem mágoa
secos como estão os meus olhos
cansados de lágrimas.

O amor, sabes, morre naturalmente
como planta frágil que não é regada.
Mas, também renasce, por vezes
com um olhar incandescente ou
um sorriso recortado em luar.

Tu foste. Passaste.
Eu sou.
Eu vivo e amo...

 Maria Teresa Sampaio
Richard Burlet







Sem comentários: